Abalados pela barbárie recente e desejosos de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações assinaram, em 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que juntamente com as Convenções de Genebra, regem os Direitos Humanos básicos e o Direito Humanitário Internacional.
Dezoito dias após as comemorações dos 60 anos da Declaração, em 28 de dezembro de 2008, o Estado de Israel (criado pela ONU em 47, numa área onde já haviam árabes) bombardeia a Faixa de Gaza (composta principalmente por campos de refugiados palestinos, sob o controle de Israel). Depois veio a invasão por terra.
A Faixa de Gaza está sob cerco militar de Israel há
18 meses, sendo controlada a entrada de
comida, remédios e ajuda humanitária.
O exército israelense avança pelas ruas de Gaza, densamente povoada, onde
49,1% da população são crianças.
257 crianças morreram, segundo a ONU; grande parte dos leitos dos hospitais superlotados abriga crianças vitimas dos ataques israelenses, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras.
40 pessoas morreram na última terça-feira quando Israel atacou uma
escola primária mantida pela ONU em Gaza.
Três pessoas morreram ontem quando,
durante uma trégua acordada com Israel, um
comboio da ONU de ajuda humanitária, que deveria atender 750 mil refugiados em Gaza foi
bombardeado por Israel.
Segundo a Cruz Vermelha Internacional, uma equipe médica disse ter encontrado doze corpos em uma casa e junto aos cadáveres estavam
quatro crianças apavoradas, famintas, muito fracas para conseguir levantar, sentadas ao lado dos corpo de suas mães. A equipe foi
impedida por soldados israelenses de prestar socorro às crianças.
A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras acusa Israel de
impedir a entrada de jornalistas, tanto estrangeiros quanto israelenses, além de prender jornalistas que se opuseram à decisão.
Os
barcos de ajuda humanitária também são impedidos de chegar à Gaza.
Israel tem
362 caças F16 e os
tanques de guerra mais modernos, Merkava, de
fabricação israelense.
O Hamas, grupo que assumiu o "governo" na Faixa de Gaza (oficialmente, o alvo de Israel), costuma lançar
foguetes terrestres de fabricação caseira em Israel; até agora,
quatro israelenses morreram.
A fotografia que mostra a cabeça ensanguentada da
menina Kaukab Al Dayah, de 4 anos, em meio aos
escombros de sua casa, apareceu nas primeiras páginas de jornais dos países árabes na quarta-feira.
"Isto é Israel", lia-se na capa do jornal egípcio Al-Masry Al-Youm. A menina foi morta na manhã de terça-feira quando um F-16 atacou a casa de sua família na Cidade de Gaza. Quatro adultos também morreram.
Mais de 600 palestinos morreram desde o começo da invasão.
11 soldados israelenses foram mortos.
Não é mais uma questão de terras, religião, política ou dinheiro; é uma questão de
Humanidade. Como diria Bob Dylan, por quantos anos deve existir um povo até que permitam que ele seja livre?
Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestinohttp://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/01/436818.shtml
Abaixo-assinado pelo fim do massacre em Gaza - Avaaz.orghttp://www.avaaz.org/po/gaza_time_for_peace/98.php?CLICK_TF_TRACK